PNAD: a miséria ainda persiste no Brasil e atinge milhões de famílias no Nordeste

 

Dados da PNAD 2024 mostram que a miséria ainda atinge milhões de famílias no Nordeste.
Dados da PNAD 2024 mostram que a miséria ainda atinge milhões de famílias no Nordeste.

No Nordeste, mais de um terço das famílias enfrentam insegurança alimentar, reflexo de uma desigualdade que resiste há gerações.
Mesmo com avanços no combate à fome, a miséria ainda é uma realidade para milhões de brasileiros.

Os dados da PNAD Contínua 2024, divulgados pelo IBGE, mostram que 24,2% dos lares do país ainda vivem em insegurança alimentar. Ou seja, sem acesso regular e permanente a alimentos em quantidade e qualidade adequadas.

A pesquisa indica que o Nordeste concentra uma das maiores taxas de insegurança alimentar do país, atingindo 34,8% dos domicílios. Revelando uma melhora em relação aos últimos anos, mas também expõe como a desigualdade continua marcando o mapa da fome no Brasil.

Na prática, isso significa que mais de um terço das famílias nordestinas enfrentam algum grau de privação alimentar, seja leve, moderada ou grave. Ou seja, por trás desses números estão milhões de pessoas vivendo em povoados isolados, onde a seca, a pobreza e a falta de oportunidades tornam a sobrevivência um desafio diário.

Sertão: onde persiste a miséria no Nordeste

No sertão nordestino, onde a estiagem se repete ano após ano, a falta de renda e de infraestrutura agrava esse cenário. Dessa forma, muitas famílias dependem de doações e quando falta alimento, falta também energia para estudar e trabalhar.

É um ciclo que aprisiona gerações inteiras na pobreza extrema, e que só pode ser rompido com educação, trabalho e solidariedade. O Censo 2022 reforça essa conexão entre miséria e falta de oportunidades: isso porque revela que o Nordeste concentra 55% dos analfabetos do Brasil e tem uma taxa de analfabetismo de 14,2%, o dobro da média nacional.

Sem educação, o acesso ao emprego formal é limitado, e o ciclo da fome se perpetua. Esses dados revelam que a insegurança alimentar é apenas a ponta visível de uma desigualdade estrutural, que combina baixa renda, exclusão educacional e ausência de políticas públicas efetivas.

O papel dos Amigos do Bem

Há mais de 30 anos, os Amigos do Bem atuam para romper o ciclo da miséria no sertão nordestino. A instituição leva alimentação mensal, educação de qualidade, profissionalização e geração de trabalho e renda a centenas de comunidades em Alagoas, Pernambuco e Ceará, regiões onde os indicadores sociais estão entre os piores do país.

Com os Centros de Transformação, fábricas de beneficiamento, e outras iniciativas, o projeto transforma a vida de milhares de famílias que antes viviam em extrema pobreza.

Cada criança alimentada, cada jovem formado e cada família empregada é uma prova de que a transformação é possível, mesmo onde a miséria parecia permanente.

Você pode fazer a diferença

No sertão, a fome e a desigualdade persistem, mas também há esperança: a de quem acredita que transformar é possível.

Doe e ajude isso a mudar!